JÁ QUE NÃO PODES...

Já que, amar-me, não podes, como dizes,
Já que é maior, por outro, tua paixão;
Ó meu amor, não precisas fingir, não:
Basta o mal cortares pelas raízes!

Já que não podes dar-me teus felizes

Momentos da extinta bela estação;
Já que o inverno afugentou o verão...
Sorria!... e nunca te melancolizes.

Eu hei de respeitar teus sentimentos,
Comigo, guardarei os vãos momentos
Em que debalde sonhei com teu amor.

Quanto a ti, terás plena liberdade
Para amar sem nenhuma falsidade
Quem teu doce sorriso conquistou!


Melgaço, Pará, Brasil, 11 de outubro de 1994.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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