Arisca alazã

Talvez a poltra assanhada venha

em fios de ouro rindo na manhã

quebrando arreios com rija penha

para torna-se formosa alazã

Livre arisca em galope afã

lombos e crinas num azul cetim

olhos de rendas de verde capim

sedas nos pelos alvos como a lã

Tão destemida a romper fivelas

ancas imensas desnudas de celas

risca os casco num chão encantado

Vê! porem eu de sangue castanho

hei de tê-la em pasto estranho

trotando sendento em amor montado.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 25/06/2020
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6988038
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