Fundo de gaveta

Tugiu recorgitando rebelados versos.

Aspérrimas rimas; dardos de alusões.

Agastado pranto de expiar adversos.

Desnutrir almas; atordoantes ilusões.

Toou reverberando luz no meigo olhar.

Irrompente reage; doce fugaz eremita.

Abvindo espólios em dom de poetizar

Desmedindo esforços; Leviatã permita.

Esperançosamente rejubila estrofes,

Grimório de apreender nous absoleta,

Generosamente abrindo; intimos cofres.

Assim se espelha faustico poema,

Jazido no fundo da mais funda gaveta,

Intentando o amanhã ser; noite amena.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 01/07/2020
Reeditado em 19/07/2020
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