ASSASSINATO

ASSASSINATO

Olhos que partem para escuridão

Mas ainda te olhando desde dentro.

Parecem perseguir-te noite adentro

Em meio em tua insone confusão.

Na hora tinhas uma arma e uma razão,

Apontando para o alvo circuncentro.

Com efeito, atiraste bem no centro

Para causar a morte, certo ou não.

Mataste. Alguém morreu por teu impulso.

Dos caminhos do mundo fora expulso

Aquele que cruzou o teu caminho.

Ficaram, como a foto d'um retrato,

Olhos a te acusar de assassinato

Quando d'olhos fechados e sozinho.

Betim - 01 07 2020