VERMELHO
Despetalou a rosa mais vermelha
do meu desejo. O sonho, atou nos vícios.
E neste céu, esbraseou estrelas
das ilusões brilhando meus prodígios.
Baniu, profundo, a última centelha,
na bomba em trícios desses seus delírios,
que me fecundam anjos com capetas.
O seu poder gritando em meus hospícios!
Na chama rúbida do insano enlace,
a sina engasta um escarlate à face
de mim autômato a seguir-lhe o rumo.
Sanguíneo amor, se molha, enfloro, me abro
em sua chuva rubra; me embriago
nesses vinhedos corporais e sumo.