Ódio seu lugar é o palco

A quanto tempo o que chamamos de humanidade mantém este sentimento.

Em seu sentido mais profundo vejo quem dele se nutre sentir grande ressentimento.

Ele se aproveita da dor e da morte, da guerra, da fome e até da sorte.

Desconfio que aquele ser oculto que no paraíso tramou vil ardil deu espelho ao inocente que dali em diante se espelhou na infelicidade.

Quanta dor! Lamento, ele a si mesmo odiou.

Resolvi olhar para mim mesmo e assim percebi num lampejo que ele... pode assumir o meu eu.

Olhei-me no espelho vi minha alma ardendo… não gostei do que vi.

Questionei meus sentidos e procurei abrigo no vizinho perdão.

Aquele sentimento não me serve e nem a ninguém, não.

Escuta senhor juiz! Não me condene, por favor pare de me arremessar pedras.

O ódio potencializa a fera, e ela não quebra o espelho.

O ódio que bom não o ver, pois sua máscara me deixa cego.

O ódio é tão soturno que seu resultado deixa infeliz quem o alimenta.

No palco desde os clássicos ele se encontrou com a dramaturgia.

Neste ponto peço a Dioniso que ele fique no teatro que lá poderá se libertar.