ROSA RARA

E nos primeiros indícios de primavera,

Que os espinhos rasgam-me a carne crua.

Expondo sobre a minha pálida pele nua;

As pétalas, abraçam-me; transmuta-me a fera.

Nasço entremeio as rochas e desertos;

Não sou uma rosa comum, rara de candura.

Possuo o excesso da fragrância que perdura

Venho de sonhos, de caminhos incertos.

Sou uma poesia nascida da saudade...

O último toque do verão, o beijo do inverno;

O breu que alcançou o ser em dura brevidade.

E quando todas as estações acabam…

Resta-me a solidão de quem nunca partiu;

O céu e todos os astros que sobre mim, desabam.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 09/07/2020
Reeditado em 09/07/2020
Código do texto: T7000341
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