A SAUDADE AZUL

A tal saudade, adolescente cruz,

No peito pesa e a trajetória segue,

E faz que assim, no escurecer, eu cegue.

Eu não entendo o derramar do pus.

Mas para que eu, desse pesar, segregue,

Um brilho azul, na escuridão, reluz.

Contemplo, assim, a incandescente luz,

Fazendo, pois, que a confiança, eu regue.

O nosso amor, por conseguinte, entorna,

Feliz presença, de repente, torna,

Mandando a ausência, eternamente, embora.

Na grande Estrela, eu buscarei, faminto,

E o seu abraço, encontrarei, pressinto,

Na luz azul, que resplandece, agora!

Luciano Dídimo
Enviado por Luciano Dídimo em 12/07/2020
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