Acabou

Em mim estranho um sentir emana

Quando alto no zênite o sol irradia

Calor que o meridiano inflama

Fazendo plenas as formas do dia

Com o punhal sujo deixei a moradia

Do ciúme que monstruoso exclama

Em minha mente constante estadia

Mas Acabou! Acabou do odio a flama

Deito-me com o punhal no peito

Na brava relva que olha para o rio

E o desenterro com dificuldade

Há sangue terra, meu gentil leito

Mas lembro de tua forma e sorrio

Rumando finalmente a eternidade

Anac Rocha
Enviado por Anac Rocha em 26/07/2020
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