Cantais ainda, ó voz das velhas árias
Cantais ainda, ó voz das velhas árias,
Nesses ermos serenos dos fadários.
Se foram para as ruas tumulárias,
Senhoras tristurosas dos rosários.
Andais a alma p'la estrada cantando,
Saudade nos meus versos a teceres...
Pela estrada ao lembrares pranteando,
Fragrâncias de outros anouteceres.
Ah! Da minha infância leda, n'alvura,
Hoje, vendo-te, vida tristurosa,
Que me resta senão a sepultura.
Hoje que as dores do peito eu derramo,
Aves do bosque, dos campos a rosa,
Ai, perdoai-me vós ainda eu vos amo.