GRAVETOS PRA SONETO
Silva Filho

 
 
Voa o meu estro pelo azul-celeste
Catando alguns gravetos pra soneto
O poema não para; nunca há sueto,
Razão do intenso voo, de leste a oeste!
 
As instruções estão nalgum folheto
De antemão... já dispensamos teste,
O figurino que o soneto veste...
Está exposto na revista do graveto!
 
No fabrico do Poema, também há insumo.
Cabendo ao estro a dosagem do consumo,
Ao perseguir um bom produto acabado!
 
Nesse processo estreme... que se diz fabril,
Não se dispensa o acabamento em buril,
Quando o produto final é bem lustrado!