Há males que vêm pra males.
Ao solícito, todo o mal lhe é estimado, devido ao escárnio do desprezo.
Ao insólito, todas as glórias de um organismo corrompido de bem vil.
E, nesse mundo de valores invertidos; inadvertido quando age com zelo.
Comporta-se como um porco bípede e louvará ungido pelo papa senil.
Dos valores aprendidos, restam a sabedoria do errado, este ser iluminado.
Dos desvalores esquecidos, sobram a incúria do certo, este ser bestial.
E se ainda tem alguma dúvida acerca de sua insignificância: Fique calado.
Forças nem tão estranhas assim, te conduzirão para o caminho celestial.
Me curvo diante da hipocrisia amoral. Ela tem a fragrância de um perfume.
Mas não me deixo de lamentar a falta que faz uma arrogância adormecida.
Dessas que tiram a verdadeira essência de um ser: No talante do estrume.
Deixa acontecer. Afinal, não há bem eterno que um dia não vire um pretume.
Deixe que aja, o gentil caviloso continuará a seduzir a alma mais estremecida.
E se um dia ainda vier a sucumbir a sua própria narcísica áurea: Só acostume.