Pressentimento
Eu não sinto nada, embelezo;
O nada agora é dor, escondida rezo;
Vivo a espera do calor ao amanhecer
Procuro alento, paz ao meu incerto querer.
Caio das nuvens sem precisão;
Devem ser causas estranhas pensadas em vão;
Meu íntimo mergulha numa espécie desorganizada;
E sem resgate, admiro os versos da bela malvada.
Alma colorida acredita e chora;
Pequenina sou e nada chega;
Nada no mundo fica, vai embora.
Sei que anuncio o complemento final;
Duvido do adversário, do medo em mim;
Apresento assim, meu meio mais fatal.