Soneto da mentira.

Soneto da mentira.

Fui aprisionado por um spectro,

Que veio das nuvens pelo vento;

Desde a net e dos confins do medo

A corromper o débil pensamento.

Das sendas da mentira e do espanto,

Do horror de uma palavra desgarrada,

Que sai da boca cega e sem destino

E cala os corações por quase nada.

Dilacerando o mundo sem piedade;

Sacrificando a luz, engole as trevas,

Regurgitando assombro na cidade.

,Sem rosto, sem o ardor de vida pura;

Sem nada pra dizer, mas não se cala

E embala a solidão a criatura.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 05/08/2020
Reeditado em 05/01/2024
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