Soneto das Tardinhas

A Andrea Nascimento

Que bom caminhar na praia às tardinhas,

Contemplando contigo a maré cheia

Enquanto as sombras se alongam na areia

E as tuas mãos se alongam sobre as minhas...

Que bom ver a graça com que caminhas

Sob o rubor do arrebol, que derreia,

Sempre ocupada catando conchinhas

Que o mar vai espalhando pela areia...

E vão as tardinhas se transformando

Em cenários de filme em minha mente,

Em telas abstratas e surreais...

E eu, no meu jeito de ser, vou te amando

Pouco a pouco, te amando lentamente,

Acreditando que assim te amo mais.

Wedmo Mangueira – 26/10/2005