Louváveis trabalhadores

 
Esperando nas calçadas quem os pegariam
Exauridos pela noite que haviam percorrido
O céu coberto de estrelas e iluminando
O longo trajeto por onde eles  passariam.
 
Despercebidos pelos esforços desempenhados
Com a precisão do tempo executam suas funções
De intenso aroma fétido sentindo em porções
Dos lixos recolhidos por homens desconhecidos.

Fazem pela sobrevivência purificando nosso ar
Recolhendo e limpando as nossas inoperâncias
Com a leveza e graça comunicam-se pelo assovio.

Prosseguindo no comando, juntos com seu par
Louvável empenho nesta função, sem arrogância.
Levam os restos os garis, chovendo ou fazendo frio.

 



 
Texto: Miriam Carmignan
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