Anunciação
O mês de agosto, em minha região,
É tempo seco, triste, enfumaçado.
O vento espalha o fogo no cerrado,
Dantesca cena, enorme destruição.
Por todo canto, só desolação...
Minguada a fonte e o mato esturricado,
De sede e fome, quase morto o gado...
Mas é, também, de agosto uma lição
De fé: no meio do cenário horrendo.
Silenciosamente acontecendo,
Milagre tal que a natureza opera.
Vestindo ipês de manto, em ouro e rosa
E a cagaiteira em noiva majestosa,
Anunciando, em festa, a primavera!
Bela interação do poeta e amigo Jota Garcia:
PRENÚNCIOS DE PRIMAVERA
As flores, impacientes com a espera,
A custo permanecem em botão.
Ao redor tudo é renovação,
De alegre a natureza se esmera.
A brisa, o ar, o vento, a atmosfera,
Juntos esperam a nova estação.
Os pássaros voam em formação,
Entre os galhos seu canto reverbera.
Numa beleza que nada supera,
Como nas telas de exímios pintores,
As borboletas explodem em cores.
Estação dos amores, Primavera!
O mês de agosto, em minha região,
É tempo seco, triste, enfumaçado.
O vento espalha o fogo no cerrado,
Dantesca cena, enorme destruição.
Por todo canto, só desolação...
Minguada a fonte e o mato esturricado,
De sede e fome, quase morto o gado...
Mas é, também, de agosto uma lição
De fé: no meio do cenário horrendo.
Silenciosamente acontecendo,
Milagre tal que a natureza opera.
Vestindo ipês de manto, em ouro e rosa
E a cagaiteira em noiva majestosa,
Anunciando, em festa, a primavera!
Bela interação do poeta e amigo Jota Garcia:
PRENÚNCIOS DE PRIMAVERA
As flores, impacientes com a espera,
A custo permanecem em botão.
Ao redor tudo é renovação,
De alegre a natureza se esmera.
A brisa, o ar, o vento, a atmosfera,
Juntos esperam a nova estação.
Os pássaros voam em formação,
Entre os galhos seu canto reverbera.
Numa beleza que nada supera,
Como nas telas de exímios pintores,
As borboletas explodem em cores.
Estação dos amores, Primavera!