Meus Anseios

Meus anseios impelem-me para morte,

o desespero lança-me em disparada,

é meu coração pássaros em revoada.

Quero um esteio, um abrigo, um norte!

Só tenho na vida a malfadada sorte;

Procurar o que desconheço, uma parada,

um aviso que diga: “Eis o fim da jornada!”

Que me descanse, ou que me deporte.

Não importa que me imponham o desterro

já sou apátrida, desgarrado, havido em erro

alguém de quem se esquece ou ignora.

É passado o tempo da redenção, da piedade:

“Guarde esta clemência para ti, ó Soledade!”

Minha Ventura está além da derradeira hora.

marcelo ferraz
Enviado por marcelo ferraz em 22/10/2007
Código do texto: T705073
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