Meus Anseios
Meus anseios impelem-me para morte,
o desespero lança-me em disparada,
é meu coração pássaros em revoada.
Quero um esteio, um abrigo, um norte!
Só tenho na vida a malfadada sorte;
Procurar o que desconheço, uma parada,
um aviso que diga: “Eis o fim da jornada!”
Que me descanse, ou que me deporte.
Não importa que me imponham o desterro
já sou apátrida, desgarrado, havido em erro
alguém de quem se esquece ou ignora.
É passado o tempo da redenção, da piedade:
“Guarde esta clemência para ti, ó Soledade!”
Minha Ventura está além da derradeira hora.