Sinos do Passado
Levo comigo, nesta alma, serenas
As noutes que sonhei nessas andanças.
Desta vida, levo comigo, apenas,
Merencório o canto dessas lembranças.
O silêncio d'olhar que lacrimeja
N'alva solitude do amanhecer...
Levo comigo, n'alma benfazeja,
Do bosque a flor silente a florescer.
Olores das augustas estações
Que vagam por esses vales risonhos,
Encantando os aflitos corações.
Ainda ouço vibrarem em meu fado,
Na catedral etérea dos meus sonhos,
Plangentes esses sinos do passado.