Sinos do Passado

Levo comigo, nesta alma, serenas

As noutes que sonhei nessas andanças.

Desta vida, levo comigo, apenas,

Merencório o canto dessas lembranças.

O silêncio d'olhar que lacrimeja

N'alva solitude do amanhecer...

Levo comigo, n'alma benfazeja,

Do bosque a flor silente a florescer.

Olores das augustas estações

Que vagam por esses vales risonhos,

Encantando os aflitos corações.

Ainda ouço vibrarem em meu fado,

Na catedral etérea dos meus sonhos,

Plangentes esses sinos do passado.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 31/08/2020
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