OS ANJOS DA MANHÃ (A Mario Quintana)

Um anjo pousa em meu telhado,

Empunha, cinge e canta a lira.

Outros anjos mais adiante

Fazem também papel de bardo

E cada das manhãs suspira

Tão angélica e deslumbrante.

Anjos com muito de meninos

Provocam canto em sabiás,

Esperam o soar do sino,

Cujo intuito é dar paz.

Vão-se quando chegam os pombos,

Deixam-nos rastros de poesia

No ar, chão, alma, até escombros,

Ensejos de belas melodias.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 07/09/2020
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