Amor(te) amo
Pela lúrida noite do amor,
Embaldes desejos a errar.
Íntimo engelhado em torpor,
Na dolência de um oscular.
Na furna febril das lembranças,
Debalde anelo do seu cenho tocar,
No seu onírico pomo de esperanças,
Sôfrego meu vasto apreço inumar.
O amor é um feral pélago algente,
Onde o meu ser, a divagar dolente,
Em um carpir infindável.
No vazio da sua ausência,
E no epílogo da lufada da minha existência,
Deita no tetro catre da morte afável.
Em XIV de junho de MMXIX. E. V.
Dies veneris.