Andrew

Ao meu estimado rebento, Andrew.

É ledo a sua companhia,

No dia gris do atro cismar,

Ou no ensejo inumado na melancolia,

Donde n’alma a dolência vem abarcar.

Quando uma álgida lágrima,

No langue cenho flanar,

No epílogo da feral desdita,

No alento da morte meu ser silenciar...

Sua face pueril vou rememorar,

No alvitre do seu sorrir, vogar,

Pelo Dédalo da sua álacre lembrança, meu ser segredar.

Destarte, na lisura do seu onírico amor,

No edênico torpor...

Meu andrajo carnal gélido vai deitar.

Em I de agosto de MMXVIII. E. V.

Dies Mercurii

Marvyn Castilho
Enviado por Marvyn Castilho em 07/09/2020
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