Dúvida
Aos afagos das tuas mãos sedosas
Fiquei inebriado e sem pudor,
Almejando ter mais do teu amor,
Nas volúpias das línguas sequiosas.
Línguas que se prenderam feito rosas
Em um buquê charmoso de um fautor:
Era eu o teu amado e teu feitor
Nas madrugadas tão silenciosas.
Tu foste a flor aberta na penumbra,
A flor que até o presente se vislumbra,
Por tamanha e ditosa aspiração.
Mas o trem te levou para a outra ponta...
Enquanto o frenesi tomou-me conta
E eu pergunto se isso é imaginação.