Pirajuí

Ah, que saudades do meu interior!

Do ecoar dos mugido das vacas,

Do verde das terras vastas,

Da comida no fogão de lenha, com mais sabor.

Ah, que saudades do meu interior!

De ler poesias na estação degradada,

De ouvir o trino dos pássaros na alvorada,

Da terra molhada, em um inefável olor.

Do adejo das aves, em liberdade,

Do chalrar do tucano de saudade,

Ah, que saudades do meu interior!

Do Sr. Ezequiel e seu vasto saber,

E da dona Cida, contando causos ao entardecer,

Ah, que saudades do meu interior!

Em VII de setembro de MMXX. E. V.

Dies lunae.

Marvyn Castilho
Enviado por Marvyn Castilho em 09/09/2020
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