VOLTO AO PASSADO (Velhos cajueiros)
O vento sacode os galhos dos velhos cajueiros,
Manhã amena de setembro, e o Sol a brilhar...
O cheiro agradável dos cajus se espalha pelo ar,
E numa árvore ao lado canta um sofrê faceiro.
A saudade no meu peito se explode em mil lembranças
Dos velhos tempos... Tempos que não voltam mais!
Felicidades com os meus irmãos e os meus pais!
Recordações de um tempo belo de bonança.
Recordações que em mim iguais aos mananciais
Fazem nascer as cabeceiras do lacrimogênio chorar
De um rio sereno que vai banhando o Sertão...
Tempo feliz que não esquecerei nunca mais...
Na vista turva e na melodia dos pássaros a cantar,
Ali sozinho volto ao passado nas dobras do coração.
Edimar Luz
Picos-PI, 15/09/2020.