LEMBRANÇAS DE OUTRORA
Ontem ao meio-dia fui aos pés de cajueiro,
E à sombra daquelas árvores, o passado recordei...
Era uma vida feliz, que jamais esquecerei...
Outrora tudo bonito, tinha um zelo verdadeiro.
Os galhos já ressequidos, poucas frutas... Acabou,
Os cajus doces e tão bons, agora tão diferentes...
A saudade bateu forte no meu peito de repente...
A fileira de frondosas mangueiras morreu e tudo secou...
Os coqueiros não têm mais, há muito também morreram,
Sem os cuidados do dono, tudo então chegou ao fim.
Só as lembranças de outrora que ali permaneceram.
Meus pais se foram, e eu sei que um dia também vou.
Um sítio que era tão belo, agora ficou assim...
De todas as nossas propriedades o meu pai tão bem cuidou!