Minha Caneta de Menino
Minha Caneta de Menino
Pouco ou nada se escreve agora
Molhando o aparo no tinteiro,
A pena de haste longa foi embora
Primem-se teclas no aparelho rotineiro…
Saudade da velha pena de outrora
Feitas de finas varas de abrunheiro,
Que em nossa mão não mais labora
E depressa desapareceu por inteiro!
Esta a lembrança de gaiato pequeno
Homenagem singela de velho sereno
Que com a pena escreveu em menino,
Neste fim de estação ainda ameno
Este modesto poema aqui enceno
Lembrando minha caneta de menino…
Casmil, Setembro 2020