Quedo no vale das pulcras memórias
Quedo no vale das pulcras memórias,
Ó alma dos profundos sentimentos...
Ao redor, a vagarem merencórias
Vão as folhas levadas pelo vento.
Oh! Por este caminho ermo, por este,
Onde para os astros não mais olhaste...
O descanso de quem aqui sofreste,
O descanso de quem aqui sonhaste.
Nesses flóreos prados vão silentes
As almas lutuosas e amarguradas,
Caminhando no azul do céu morrente...
Nessa rua, que agora tu repousa,
Hás de ires o luar nas madrugadas
Prateando solitária a tua lousa.