SOLAVANCOS DA VIDA

O vento açoita a copa das mangueiras,

Na tarde de primavera aqui nas minhas roças,

Onde o tempo passa tão veloz como carroças

Nos solavancos da vida em horas tão verdadeiras.

Nuvens brancas vagueiam pelo espaço infinito,

Como macios e sedosos flocos de puro algodão

Que tinge de branco os campos na safra do Sertão,

Onde camponeses exercem seu trabalho bendito.

O cheiro agradável que vem dos cajus diversos,

Embriaga-me de doída saudade de outrora,

Quando a vida era feliz... Um tempo quase perfeito!

Escutando o canto dos pássaros componho versos

Que meu coração em prantos dita nessa hora,

Na tentativa vã de amainar a dor no meu peito!

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 30/09/2020
Código do texto: T7076409
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