No silêncio frio da madrugada

Pálida como a cor d'alva na rua,

Sob o lírio sagrado que floresce;

Merencória vagueias essa lua

Pelos ermos prados quando anoitece.

Nas brumas, ó lua, musselinosa

Como um fantasma pelo céu se move...

Silente pela estrada tão umbrosa,

Lua que em sonhares tantos m'envolve.

Novamente ouvirás o meu lamento,

No silêncio frio da madrugada

Onde cantas a angústia e o sofrimento.

Tens algo que esta minh'alma fascina,

Ao veres, tu partir, assim calada,

Envolta pela mística neblina.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 01/10/2020
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