Noite de Iauaretê

O palco celeste abriu sua cortina

Nuvens afastaram-se lentamente

Levantaram voo as aves de rapina

Tremeu e fugiu o bicho mais valente

Lua cheia subindo rumo ao apogeu

Romperam relâmpagos e num raio

Do céu, de repente, do nada apareceu

Felina imagem olhando de soslaio

Atenta e matreira como é sua natureza

Silente vigilante aos sons da madrugada

Olfato sente a chegada da próxima presa

Rápido bote, lambe a boca ensanguentada

Some satisfeita, deixa ao rastro, a realeza

De Iauaretê, misteriosa onça-pintada

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 03/10/2020
Reeditado em 07/11/2020
Código do texto: T7078231
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