SONETO - Quando a saudade aperta - 06.10.2020 (PRL)
 
 
 
SONETO – Quando a saudade aperta – 06.10.2020 (PRL)
 
 
 
Já era madrugada e “He-Man” na onda,
Noite de folga à procura de cio,
Dissera-me o caseiro que não o viu,
Gritei: Venha ligeiro, e não se esconda!!
 
Ofegante ele entra, a cauda abanando,
Com seu tronco ferido e pulso fraco,
O que fizera o meu cão, onde e quando?
Que facada profunda entre o sovaco!
 
Deitado a meus pés só queria ajuda,
Minha boca na hora restou muda,
Senti, de logo, a perda desse amigo...
 
Mas quando fui pegá-lo em seu socorro,
Pensei pra mim: Sabe, por ele eu morro?!
E hoje venero triste o seu jazigo.

 
SilvaGusmão
 
Nota: “He-Man” foi um cão da raça Doberman que ganhei em estado precário de saúde, por volta de 1991, quando visitava uma grande empresa do Cabo de Santo Agostinho, aqui na zona sul de Pernambuco. Dele cuidei com carinho, de sorte que restabelecida a plenitude física, orgânica e mental, esse amigo cresceu e desenvolveu uma amizade sincera comigo, que parece não teria fim. Nunca mais quis saber de criar um novo parceiro, pois nunca arranjaria outro igual.
 
 
 Foto: Internet/GOOGLE
 
 
ansilgus e Janegus
Enviado por ansilgus em 06/10/2020
Reeditado em 06/10/2020
Código do texto: T7080933
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