E agora, esperança?

Anunciou o poeta: ouvir estrelas...

Em versos declamados ao luar...

Mas o choro é o único a ecoar

e lágrimas... impossível contê-las!

Poesia também se fez calar.

Melhor rima à tragédia é esquecê-la.

No labirinto das dores, perdê-la.

Conforme com as ondas, faz o mar.

Imerso em oceanos de tristezas,

difícil procurar por sutilezas,

que venham colorir nossos desertos.

Talvez seja o silêncio, o decassílabo.

Ibérico ou heroico... sempre lírico,

recitado por novos dialetos.

*interagindo ao magistral soneto “E agora, poesia?”, de Fernando Belino.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 10/10/2020
Reeditado em 04/06/2021
Código do texto: T7083976
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