Deixa Ser
Deixa-me ir, leve, deixa-me ir, solto.
Deixa-me ficar, em verso e brando.
Fixa em mim, seus, os lábios soluçando.
Tu fixas em mim, onde tu és revolto...
Deixa ser eu, os dois rios revezando.
Deixa estar a minha alma chorando
Por este meu idílio que morreu de dor,
Igual o tal rouxinol morreu por amor...
Deixa ser eu, o vulto que procuras.
Deixa ser, só nós dois, pra sempre, duas luas,
Bendizendo o amor no vazio do céu...
Eu sei, não há duas luas, nós não somos dois.
Seja o teu corpo sobre o meu, meu véu...
Deixa ser eu, tão amado, como vós sois...
2° Festival de Sonetos Chave de Ouro, Os 50 melhores Sonetos 2007, Realizado pela Academia Jacarehyense de Letras.
Onde fui premiado a participar do mesmo livro, com o soneto “Deixa Ser”. Ainda assinava como: Alison dos Santos Silva