Catedrais imensas
A incerteza no meu peito fez morada
Erguendo imensas torres, catedrais!
A luz do sol não passa nos vitrais
E a porta principal está trancada.
A única vela que restou foi apagada
Esquecida entre inúmeros castiçais...
As pratas, cantos e imagens ancestrais
Convertem-se na crença abandonada.
Mas uma réstia de luz me trouxe o dia
Pondo fim ao claustro e à idolatria
E os sinos dobraram em mais de cem!
Expurgando a incerteza do meu peito
Ecoam forças novas no meu leito
E os anjos do Senhor dizem, amém!