O GRANDE MISTÉRIO

O GRANDE MISTÉRIO

Divino sopro, és meu grande mistério,

A física maior que não deduzo;

No meu ser, como monge em monastério,

Existes, sendo livre, em mim recluso.

És fluídico, sei, não és matéria,

Entre meus dotes és o mais profuso;

És meu gás, corres em minhas artérias,

Mas, quando paras, me faz ser concluso.

Não entender-te é minha grande dor

E, se te vejo de outro ser partir,

Pergunto-me: onde te fostes por?

Havendo outras moradas para ti,

Por que te fazes em mim morador,

Se não sei a razão de estás aqui?

Teresina 25/10/2007 – H.M.Feitosa.