Mnemónica de Abraão

Mnemónica de Abraão em Canaã aventada,

Troveja a selva urbana embravecida.

Torvelinho, Betel. Enfim, a vida

Impele, propulsiona. Desterrada.

Clade d'Avalon(1), ruína, qual errata

À vista? E, só, em deserto amanhecida.

Ressurge-me no espaço-tempo a Vida

De mim, a Melusina mais abstracta.

Palingenesia embraia sob tais ventos,

Qual fiorde em tessituras desumanas

E laudativamente nos(2) reinvento

A fim de nos mantermos em hosana.

Não consinto em quedar-me comummente

E assim me transfiguro em inumana.

(1) do mito celta de Melusina

Rute Iria
Enviado por Rute Iria em 23/10/2020
Código do texto: T7094102
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