Ode a uma mosca

Ó pequenina mosca em meu pulso pousada,

Limpando as longas patas tão graciosamente!

Olhando-te assim, tão roliça e reluzente,

Mais me pareces que de latão foi lavrada.

Invejo-lhe tua vida tão descomplicada;

Nenhuma agrura lhe perpassa pela mente.

De tua existência o dilema tão somente

É se tua fome será hoje saciada!

De que forma haveria de lhe afetar

Saber do atual estado da economia

Ou dos impostos que a Coroa vai cobrar?

Todas as minhas posses abandonaria

Para que cedesses a mim o teu lugar,

Mesmo que fosse só ao decorrer de um dia!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 23/10/2020
Código do texto: T7094454
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