Violinos

Cobres-me o rosto, ó noite triste,

Na solitude erma da madrugada...

És tu minh'alma, um pássaro triste,

Pelo alvor dos círios iluminada.

Um jazigo onde repoisam etéreas

Lembranças sob o mesmo olhar etéreo...

Onde pendem as pétalas funéreas

Nas brumas dum entardecer funéreo.

Alacridades trazes d'alva aurora,

Como a tristeza dos finais destinos

Que florescem em ti como as magnólias...

Ouvindo seguiste empalidecida,

Violinos do passado, ó violinos,

Que melancolizaram minha vida.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 25/10/2020
Reeditado em 03/11/2020
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