Violinos
Cobres-me o rosto, ó noite triste,
Na solitude erma da madrugada...
És tu minh'alma, um pássaro triste,
Pelo alvor dos círios iluminada.
Um jazigo onde repoisam etéreas
Lembranças sob o mesmo olhar etéreo...
Onde pendem as pétalas funéreas
Nas brumas dum entardecer funéreo.
Alacridades trazes d'alva aurora,
Como a tristeza dos finais destinos
Que florescem em ti como as magnólias...
Ouvindo seguiste empalidecida,
Violinos do passado, ó violinos,
Que melancolizaram minha vida.