QUERER BEM
Maldito verbo esporrento
Correu à frente a tolher
Causa do amor desatento
Sem vala, restou esquecer.
Sempre ao prumo da oração
Medindo passos – ramo de era
Ao colo meu, senhor pratalhão
À crista inube sem primavera.
Notei sua barba ralinha
Abri o armário de espelho
Em posse de lâmina minha.
Não soubera feri-lo; assim, menti
Abdicando em favor da pureza anã
Enquanto meu peito, eu só, abati.