Tens o palor das auroras...
Tens o palor das auroras, alvuras
Castas das pétalas que o vento beija...
Teu olhar negro como as sepulturas,
Onde entre as sombras a morte ali andeja.
És bela, tu, serena e merencória,
Que vagar-me fazes enternecido...
Nos bosques redolentes da memória
Colhendo os goivos dos meus tempos idos.
Ao luar, ficaste, no alvor dos círios
Que distantes ouviram meus martírios...
- Quando descambas negra nessa rua...
Ó noute dos tristes e amargurados,
Que envolves em teu véu os flóreos prados,
Negra és a morte como a face tua!