NEGRA

(do meu livro "Rosas Do Vento", 1987)

Negra, não quero encontrar no teu corpo

marcas de uma vida dada à vulgaridade

mas sim, o calor puro de mulher ardente

um ninho, onde exista amor de verdade.

Quero tua juventude fundindo-se com a minha

no instante em que o desejo supera a razão

em teus braços, ser novamente um menino

e aprendiz de amante, fartar-me dessa paixão

É teu corpo, qual fragrante fruta

de carne macia - e adocicado sabor

feito sob medida para o mais sublime amor

Lindo, vai ser o contraste do nosso idílio

quando minha tez clara envolta à tua tez escura

consagrar essa paz infinita - essa rara ternura.

Wilmar J Rosolen Pimentel
Enviado por Wilmar J Rosolen Pimentel em 09/11/2020
Código do texto: T7107881
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