ELEGIA DE UM MUDO

(do meu livro "Rosas Do Vento", 1987)

Não quero estar vivo

depois deste vendaval

errante que passa

por minha cidade natal...

Nem quero ser lembrado

nem quero pranto na minha ida

nem flores, nem falsos discursos

não quero epitáfio - só terra batida.

Já os anos reclamam o tempo perdido

dos meus descaminhos e sinto estar perto

o fim de tudo que se vê e o que está escondido

Espero a morte, pois que vivo incerto

Mudo, sem lembrança - um ser incompreendido

Sozinho, como o sol no deserto...

Wilmar J Rosolen Pimentel
Enviado por Wilmar J Rosolen Pimentel em 13/11/2020
Código do texto: T7110767
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