)))) O VENTO PAROU ((((

Abri a janela logo cedo
Pálido calado e imóvel
Vi ali parado o pobre arvoredo
Não vi o trem, sequer um automóvel.

 
Silêncio do tempo e do vento.
Não sei quem morreu,
Não sei se foi o vento ou fui eu,
Totalmente desatento.

Surreal! Nada se mexia,
Só meus olhos se moviam
Sem vento, asfixia.

Fitas e imóveis as folhas me viam
Então fingi dislexia
Nada eu disse, fechei a janela e elas sorriam.

Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 17/11/2020
Código do texto: T7113388
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