Não chute cachorro morto, Nikolai Vassilievitch Gogol!

Os mortos que enterrem seus próprios mortos

E não deixem nos vivos esta mácula...

Existem zumbis sob o véu de Drácula

Num submundo de horizontes tortos...

Há muita gente, entre as ruas e os postes,

Batizada pela água da rubéola...

E hoje, com manto, cetro e auréola,

Querem ser santos – e estreitam as hostes...

Há tanto olhar em cuja gravidez

Se inocularam ovos de serpente

E o que nasceu, agora, mal se agüenta...

Não sabe o que fará, nem o que fez...

Deixe que se enterrem, como um presente:

É mau não ser bebê - nem ter placenta...