M'apunhala o peito atroz melancolia...
M'apunhala o peito atroz melancolia,
Em meio as sombras a alma caminhando...
Envolta pelo véu da nostalgia,
Os místicos caminhos vai trilhando.
Alma d'anouteceres que florescem,
Como as rosas suntuosas dos altares...
Dolorosos sinos como uma prece,
A plangerem lentos os teus pesares.
Ai, nesses flóreos e ermos recantos,
Só ecoas a voz do teu lamento
E a lágrima caida dos meus prantos.
Teu olhar, ó lua, vago e distante,
Lembras n'ocaso frio e nevoento
D'um anjo merencório o semblante.