Alucinação

Um sonho, uma cisma faminta ,

Criar, acordar poesias em mim .

As letras dormiam sem tinta .

Sonolentas na noite sem fim.

Atormentada , inquieta sofria ,

Sem aquecer fronhas da fantasia ,

A coberta sem peles, vazia, tão fria.

O sono pesado assombrava , insistia.

Um medo tão cheio de medos

Não completava imagens contorcidas

E a mente não encontrava enredos .

O corpo gelado sem nada entender

Caminhava lento no destino cinza ,

Tateando naquele paralisante poder.

27/10/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 27/10/2007
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