SONETANDO
Leio Bocage ao ler um Gregório
Sonetando no verso de agora
Safra de palavras magras na hora
Arriscando notar o viés simplório.
Quero o vocábulo incerto do casório
Verbos do quarteto que gelam a fera
Matando a anomalia da megera
No último verso, o conforto ilusório.
Cômputo agressivo da alta Ártemis
Mais três deusas nas minhas rimas
Faltam duas para o eterno Zeus.
Neste poema melancólico de adeus
Maldita fantasia na agonia teimas
Alegoria da sorte para Tetis.
DR SMITHY