SONETANDO

Leio Bocage ao ler um Gregório

Sonetando no verso de agora

Safra de palavras magras na hora

Arriscando notar o viés simplório.

Quero o vocábulo incerto do casório

Verbos do quarteto que gelam a fera

Matando a anomalia da megera

No último verso, o conforto ilusório.

Cômputo agressivo da alta Ártemis

Mais três deusas nas minhas rimas

Faltam duas para o eterno Zeus.

Neste poema melancólico de adeus

Maldita fantasia na agonia teimas

Alegoria da sorte para Tetis.

DR SMITHY

Dr Smithy
Enviado por Dr Smithy em 27/10/2007
Código do texto: T712064