Quem és tu, ó Morte?

Quem és tu ? Que na Escura Imensidão

Da noite surges com um manto escuro

Carregas na mão, a Foice da Aflição

Na outra, a Clava suja de sangue impuro.

Só há marcas fatais no coração,

Tanto que, jogas corpos no monturo

Mas se o Homem tocar-te co' emoção

Irá sair rios púrpuras... puro...

És Demiurgo ou a Faceta do Mal ?

O teu riso maldito e gutural

Ecoas no Cemitério do Infinito...

Quando minha carne for o vil Nada,

Quando ela estiver morta, amortalhada...

Matarei-te para sentir teu Grito....

Cardoso de Figueiredo
Enviado por Cardoso de Figueiredo em 29/11/2020
Reeditado em 29/11/2020
Código do texto: T7123320
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